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  • Foto do escritordimitry uziel

Violeta de Outono no Sesc Belenzinho (como foi)

Atualizado: 7 de jun. de 2022


violeta de outono

Oito anos após minha última experiência com o Violeta de Outono, que acontecera na sala Adoniran Barbosa (ccsp - julho de 2014), pude mais uma vez me deleitar de sua beleza; reviver a melodia ácida e psicodélica do (novamente) trio, em sua formação original, com Angelo Pastorello, Claudio Souza, além de Fabio Golfetti que sempre manteve-se como único membro fundador após as mudanças na formação da banda.


Pois bem. Na noite de 3 de junho de 2022 fui recepcionado no pequeno, ótimo e aconchegante teatro do Sesc Belenzinho. Adiantado e já atento, pude ver o sala e suas poltronas serem preenchidas pouco a pouco até que as cortinas se movimentassem e o ambiente fosse tomado por escuridão segundos antes da aparição do aguardado trio.


Você fecha os olhos e se deixa entregar ao som do Violeta de Outono — sem culpa, sem medo —, para uma viagem espacial.


Todos que estavam ali, já haviam se preparado para a viagem que, infelizmente, tinha hora para acabar.


Golfetti, Pastorello e Souza logo no início nos presentearam com clássicos como "Outono", "Trópico" e "Declínio de Maio". A cada término uma longa salva de palmas explodia, vinda do fundo da sala, contaminando todo o local até chegar ao simpático sorriso de Golfetti e seus comparsas.

O espetáculo foi direcionado principalmente a dois discos da banda: o primeiro Violeta de Outono homônimo, de 1987, e seu quinto disco, "Volume 7", lançado em 2007, antes disso a banda já havia assumido um estilo mais progressivo. E, deste último citado, músicas como "Além do Sol", "Eyes Like Butterflies" e "Fronteira" foram magistralmente executadas, e lembradas, como quem busca pelo afresco perdido na parede da memória.


"Jupiter", do disco "Ilhas" (2005), música do quarto e último álbum tendo ainda os integrantes originais, também foi apresentada após a metade do show.


Voltando a 1987, agora para finalizar a apresentação (contando com o bis), "Faces", "Tomorrow Never Knows" (consagrada versão dos Beatles) e "Dia Eterno" fechou mais uma noite difícil de ser explicada. Aliás, cada show do Violeta de Outono é difícil de ser explicado. Talvez ainda não haja uma palavra específica para descrever as belezas sonoras que a banda carrega há tanto tempo.


E lá se foi mais uma noite. Ao término, tivemos de lidar com caótica realidade do mundo. A música tem esse poder de nos transportar, nos livrar do caos por alguns minutos, talvez algumas horas. Infelizmente sempre tem fim, e temos de enfrentar a bad trip.

SLIDE DE FOTOS: KA UZIEL

 

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