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Ductape + Jenni Sex na 5ª edição do Post-Punk Brasil

Atualizado: 14 de jan. de 2023

A noite de 20 de maio de 2022 nos presenteou com a quinta edição do projeto Post-Punk Brasil, porém, diferente das edições anteriores, esta trouxe além de uma banda brasileira uma turca.

Post-Punk Brasil - Ductape e Jenni Sex
fotos de Dimitry Uziel
 

Representando o pós-punk brasileiro, Jenni Sex, literalmente um trio poderoso. Há poucas semanas os caras já haviam sido banda de abertura para o Molchat Doma em sua rápida passagem por São Paulo.


A Jenni Sex, que já está pelos inferninhos e palcos do submundo há quase 10 anos, subiu ao palco mais do que preparada. E o público do Madame Club já sabia o que viria dali: um show potente, tão bom quanto ao do Ductape, que surgiria logo em seguida. O baixo marcante de Danilo, a bateria surumbática de Maurício e, digamos, a "nova" voz de Helders, mais grave e empostada, reverberando pelo pequeno e aconchegante salão das gárgulas. Apesar de sua rápida apresentação, a Jenni Sex trouxe um repertório delicioso, agitado e feroz, fechando com seu mais recente single, "Treasures", de 2020. O trio já está trabalhando em seu disco cheio, que sairá em breve pela Wave Records.


Novos hinos sempre nascem pelos cantos do mundo e, aparentemente, "Sevmiyor" deve ser um deles, vindo de Istambul, pertencente ao casal Çağla e Furkan que forma o aguardado duo Ductape, que não tardou a subir ao palco após a Jenni Sex — talvez o tempo de um ou dois cigarros.

Çağla e Furkan pareceram chegar um pouco acanhados, talvez por ser sua primeira apresentação em terras sul-americanas, possivelmente não sabiam que seriam recepcionados pelo, até então, desconhecido calor dos morcegos daqui (apesar da noite gélida de sexta-feira). Não demorou para que Çağla se soltasse em sua dança contorcionista, sutilmente sensual, séria, com olhares intrusos, compenetrados. Entre uma música e outra, um sorriso tímido e agradecimentos em um bem-sucedido português.

O Ductape não possui um longo repertório, considerando sua idade ainda jovial, um ponto positivo, tendo em vista que puderam nos regalar com músicas de seu mais recente disco, "Ruh", lançado em janeiro deste ano, e do disco "Labirent", de 2020.


O evento também contou com as preciosidades dos DJs Zauber, Zowie, Cyber e Clarck e o stand da Wave Records.


Uma coisa era certa: aquela seria uma noite memorável. E, de fato, foi. Uma sexta ultra darkwave Quem estava lá, sabe do que estou falando. A quinta edição do Post-Punk Brasil subiu mais um degrau em direção aos eventos necessários nas noites paulistanas, trazendo bons sons ao vivo.


Post-Punk Brasil #5 _ Fotos de Dimitry Uziel

 

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