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Rock Brasil 40 Anos


Fotos de Dimitry Uziel
Fotos de Dimitry Uziel

O festival Rock Brasil 40 Anos, que ocorreu nos dias 27 de março, 03, 10 e 17 de abril, teve seu grand finale no feriado de 21 de abril de 2022, levando ao, literalmente, grande palco Marina Lima, Arnaldo Antunes, Frejat e Nando Reis.


Marina trouxe um repertório cheio de relíquias construídas ao longo de sua carreira de 45 anos. Entre as já conhecidas e contadas em coro pelo público, como: “Acontecimentos”, “Fullgás” e “Uma noite e meia”, Marina não hesitou nos elementos eletrônicos à la new wave, e nos trouxe duas novas canções extraídas de seu recente EP “Motim” (2021), destacando as músicas “Kilimanjaro” e “Motim”. Saudosa, homenageou Cazuza, Renato Russo e a amiga Fernanda Young durante a introdução de “Ideologia” (Cazuza) em um pot-pourri a “Ainda é Cedo” (Legião Urbana).


Sob um estranho sol ardente de outono, Marina, com seus óculos de sol ia se despindo, dividindo seu show em quatro partes, até ceder espaço à Arnaldo Antunes.


Arnaldo chegou ao palco com um público maior, considerando que o Memorial da América Latina estava, de fato, a espera de Frejat e Nando Reis. Ainda assim, o ex-Titã levou seu melhor, como “A casa é sua”, não demorando muito para “O pulso”, “Consumado” e “Comida”. Arnaldo, aquele tipo carismático que conquista com seus sorrisos e excentricidade estava muito bem acompanhado pelo cantor e instrumentista Curumim na bateria.


Como era sabido, para um festival com horário cravado, ninguém traria o famoso “bis”, cada um dos quatro artistas teria de levar suas respectivas apresentações de maneira corrida, sem pausas. Porém, parece que Antunes quis quebrar o padrão, muito leve: terminou seu show, esperou o público pedir “mais um”, então... Para um bom fã de Titãs, ele nos presenteou com “Televisão”.


Alguns pequenos atrasos aqui e ali, via-se o horário apertando, mas Frejat veio, e com os dois pés na porta, deu início com “Puro êxtase”. A verdade é que Roberto Frejat não poupou um só hit de sua carreira — solo ou no Barão, com e sem Cazuza. “Por que a gente é assim?”, “Meus bons amigos”, “O poeta está vivo”, “Bete Balanço”, “Segredos”, “Amor pra recomeçar”, “Homem não chora” ... E por aí vai. Já deu pra entender, né? Frejat se tornou um grande frontman, e isso é notado a cada show, desde que foi preciso assumir tal posto. No festival Rock 40 Anos, ele deixou claro cresceu, como artista e pessoa, e se fez grande sobre o palco.


A noite já havia se mostrado, linda, eufórica e ainda era quente. Hora do último artista a se apresentar. O ruivão é daqueles poucos caras que cativa facilmente, talvez os anos de experiência tenham o feito assim, talvez ele seja assim. Falador, entre uma música e outra, mas pontual. Tecendo suas homenagens (principalmente à Cassia Eller) e também suas sensatas críticas políticas. Nando nunca foi um grande fazedor de hits em sua própria voz (ele mesmo assume tal fato), mas é um dos artistas brasileiros com mais hits cantados por outros nomes da música — creio que Samuel Rosa seja quem mais gravou canções de Nando Reis —. E lá estavam estas entre tantas outras canções: “Resposta” cantada ao lado do filho Sebastião, “All Star”, “Relicário”, “Segundo sol”, “Por onde andei”, “Luz dos olhos”, “Pra você guardei o amor”, “Marvin” logo no início do show e, para finalizar, durante um bom tempo mais conhecida na voz de Rogério Flausino, “Do seu lado” levando o público ao ápice coletivo.


Grande dia, grande noite, grandes nomes!


 

 

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